
Série americana da ABC e exibida aqui no Brasil pela Warner, com um visual intensamente colorido e alguns toques de bizarrice Pushing Daisies se desenrola a partir da descoberta de Ned, ainda criança, de que tem o poder de matar e ressucitar seres vivos com um simples toque. Só que para cada pessoa ressucitada que permanece viva por mais de um minuto outra morre e, caso ele toque o ressucitado novamente, a morte é eterna. Parece confuso, não? A grande sacada é que com este poder o confeiteiro passa a desvendar mortes em troca de recompensa, em parceria com um detetive local, e inicia um bonitinho e interessante conto de fadas, quando traz de volta à vida o amor da infância Charlotte Charles (Anna Friel). O fato de ele evitar tocá-la a qualquer custo rende cenas de beijos com lábios separados por plásticos de embalagem, mãos dadas por meio de luvas e frases como "dê um abraço nela por mim". Lindíssimo! Além disso, Ned tem que conviver com o terrível segredo de que, quando criança, matou o pai da amada acidentalmente.
Tudo bem que dá certa agonia essa história de ele não poder tocar as pessoas, mas é o que atribui mais expectativa à trama. A série tem ainda um narrador em off que ajuda a desenrolar a história, e conta com uma pitada de um humor um tanto sarcástico, drama, momentos musicais e boas doses de suspense. Tudo isso torna Pushing Daisies uma produção original e digna de seu sucesso.
Pushing Daisies - quinta-feira, às 21h na Warner.