PRÉ-SERPENTINA
Avenida das Américas, Barra da Tijuca, sexta-feira. Parado no sinal, o motorista de um carro de luxo preto batuca sorridente e freneticamente o seu tamborim. Não tem como esquecer. Na testa dos cariocas está explicitamente escrito: carnaval. Os ensaios de escolas de samba, a
quantidade incontável de blocos e o aumento considerável da diversidade lingüística no Rio reforçam a imagem de confetes e serpentinas caindo do céu ora azul, ora completamente nublado da cidade.
Entre toda essa parafernália anual e de costume, chamou-me a atenção algo até então desconhecido. Com a concentração no Mercadinho São José, em Laranjeiras, o Bloco Imprensa Que Eu Gamo reúne há 12 anos jornalistas - e outros mortais - para se esbaldarem e cantarem sobre assuntos do cotidiano e relacionados ao Jornalismo. Com um público maior a cada ano, a linha editorial do bloco impõe que pelo menos um profissional do ramo deve participar da ala dos compositores dos sambas e a rainha de bateria deve ser igualmente jornalista. São previsíveis conversas sobre o trabalho e o quente da notícia, cervejinha na mão, olheiras, gastrite, mas claro, aquele peito estufado e um sorriso escrachado de orgulho: "eu sou imprensa".
Além do cansaço, minha personalidade anti-social estava no comando no sábado e sabendo que iria encontrar rostos conhecidos - alguns deles indesejáveis -, desisti do programa pré-carnavalesco. Mas, será que o Ronald Villardo apareceu por lá? E aquele meu ex-professor gatinho? Ok, falta de iniciativa jornalística, menos 5 pontos. *
Avenida das Américas, Barra da Tijuca, sexta-feira. Parado no sinal, o motorista de um carro de luxo preto batuca sorridente e freneticamente o seu tamborim. Não tem como esquecer. Na testa dos cariocas está explicitamente escrito: carnaval. Os ensaios de escolas de samba, a

Entre toda essa parafernália anual e de costume, chamou-me a atenção algo até então desconhecido. Com a concentração no Mercadinho São José, em Laranjeiras, o Bloco Imprensa Que Eu Gamo reúne há 12 anos jornalistas - e outros mortais - para se esbaldarem e cantarem sobre assuntos do cotidiano e relacionados ao Jornalismo. Com um público maior a cada ano, a linha editorial do bloco impõe que pelo menos um profissional do ramo deve participar da ala dos compositores dos sambas e a rainha de bateria deve ser igualmente jornalista. São previsíveis conversas sobre o trabalho e o quente da notícia, cervejinha na mão, olheiras, gastrite, mas claro, aquele peito estufado e um sorriso escrachado de orgulho: "eu sou imprensa".
Além do cansaço, minha personalidade anti-social estava no comando no sábado e sabendo que iria encontrar rostos conhecidos - alguns deles indesejáveis -, desisti do programa pré-carnavalesco. Mas, será que o Ronald Villardo apareceu por lá? E aquele meu ex-professor gatinho? Ok, falta de iniciativa jornalística, menos 5 pontos. *
Do deputado federal Clodovil Hernandez ao repórter Rodrigo Lêdo, do Portal Ig.
Adorei as coisas que escreve...é a primeira vez que paro para ler. Muito bom mesmo...vai muito além de responder tickets para os usuários do PP.
ResponderExcluirAh deve ser a loucura... ca em portugal nao xega nem perto
ResponderExcluirjá perdi muitas oportunidades por causa de pessoas indesejáveis, e assim, aconselho: não faça isso. a não ser que a proposta seja uma viagem à fazenda, onde você tenha que se manter na mesma casa que a pessoa. ;D
ResponderExcluiraté mais ler.
Carnaval de rua é tudo de bom...
ResponderExcluirGente indesejável a gente encontra em qualquer lugar: dos blocos carnavalescos ao aniversário da tua prima.
ResponderExcluir