30 de maio de 2006

Devidamente "Fantasiados"

DEVIDAMENTE "FANTASIADOS"


O país já está todo vestido de verde e amarelo. Na missão jornalística da semana passada, pude ter certeza disso ao fazer a reportagem sobre a SAARA, grande centro comercial do Rio de Janeiro, famoso pela variedade de artigos e preços relativamente baixos. Meus olhos procuravam em vão outras cores. Além do "formigueiro" enchendo suas cestinhas freneticamente com tudo que tivesse o "casalzinho" verde e amarelo.

Seria uma grande hipocrisia andarmos com camisas verde e amarelas pelas ruas, sorrindo e estufando o peito? As desigualdades continuam, a violência continua, mas nem sempre damos importância a esses fatores tão incômodos, além de nos rendermos hipnotizados à ditadura importada de países desenvolvidos? Que seja! Tenho minha opinião sobre o assunto, mas esse post não está sendo escrito com esse propósito. Hipocrisia de alguns, descanso de outros, ou apenas a afirmação de um patriotismo que segue independentemente da existência de uma Copa do Mundo, abro mais um espaço, entre tantos outros, para uma reflexão.

Contudo, temos a certeza de que pelo menos de quatro em quatro anos iremos nos unir para um mesmo ideal e cantarmos o hino nacional de cor (tirando nossos heróicos jogadores, que insistem seguidamente na embromation). Viva o futebol!
Obs: a mãe da blogueira já fincou a bandeirinha verde e amarela na sala.


"Os filhos da mãe que não quiserem ouvir minha música podem desligar o rádio".
James Blunt, cantor britânico, que teve sua canção "You`re Beautiful" banida da rádio inglesa Essex FM, a pedido do público saturado com a excessiva execução da música.
Globo Online/Cultura - 29/05/2006


DICA: A peça A Casa dos Budas Ditosos, baseada no livro homônimo de João Ubaldo Ribeiro. Fernanda Torres é a certeza de um espetáculo altamente divertido ao encarnar uma baiana sexagenária, que conta suas "exóticas" (ou não) aventuras sexuais. Por que será que homens lêem tal livro em menos tempo do que as mulheres?


Som do dia: I Predict A Riot (Kaiser Chiefs)

22 de maio de 2006

Decifrando o Sucesso

Blog estreando em novo endereço. Logo, nada melhor do que falar sobre "a estréia" do fim de semana...


DECIFRANDO O SUCESSO


Cinema lotado. Apesar da chuva de panfletos e declarações distribuídas pela Igreja Católica, as filas para a compra dos ingressos eram quilométricas. Mesmo com a visível agitação, não foram todos (imaginem se tivesse sido) que tiveram a coragem de enfrentar os shoppings nesse fim de semana para ver "o filme do ano". Eu estava lá, para finalmente assitir ao O Código Da Vinci.

Confesso uma aceleração dos batimentos cardíacos ao ver o nome do filme estampado na tela, confesso vários suspiros provocados por Tom Hanks, confesso ter achado foférrimo (como sempre) os biquinhos feitos pela "Amélie Poulain" Audrey Tautou, mas confesso também cochilos de aproximadamente dois segundos durante algumas passagens do filme.

Contudo, não tenho críticas fervorosamente negativas a fazer, e me incluo na porcentagem - provavelmente não tão significativa - dos que saíram satisfeitos do cinema. Apesar de algumas partes do livro terem recebido cortes e versões diferentes no filme - fatores que foram alguns dos principais alvos das críticas - não acho que isto tenha prejudicado a essência da história. Porém, concordo que para uma maior compreensão seja feita antes a leitura da obra de Dan Brown, até pelo fato de eu ser adepta da frase "o livro é sempre melhor do que o filme" (ainda não encontrei quem mudasse minha opinião).

Juntar Tom Hanks com Audrey Tautou, para mim, foi uma torta de chocolate - irresistível. Mas, minha grande paixão do filme foi o ator Paul Bettany, no papel do membro albino da Opus Dei, Silas. Com a mais convincente das interpretações, Paul conseguiu tornar-se realmente assustador, mas sem perder a carga sentimental de um frágil ser humano, o que em muitas vezes foi a salvação da produção de Ron Howard.

Não me intitulo fã de Dan Brown, nem de Howard, já que não me recordo de ter tido acesso a outras obras dos dois, mas acho que a espera valeu a pena. Na medida do possível, é claro. Apesar do cabelinho, Hanks continua valendo meu salário (ou mais, coitado).


"Acho que o filme pode acabar ajudando as igrejas em seu trabalho. Se você coloca um aviso dizendo 'Vamos discutir o gospel', 12 pessoas aparecem. Se coloca 'vamos discutir O Código Da Vinci', aparecem 800".
Declaração feita pelo ator Tom Hanks - O Globo/Rio show de 19/05/2006