20 de setembro de 2006

Jornalista Procura

JORNALISTA PROCURA



Em um site de relacionamentos: "Jornalista apaixonado procura a mulher ideal para relacionamento sério". Não somente este, mas muitos são os perfis de jornalistas procurando por sua cara-metade, cansados do relacionamento "freelancer".

Existe uma discussão acerca dos relacionamentos afetivos dos profissionais de Jornalismo. Bem-sucedidos na profissão e mal-sucedidos no ramo sentimental. Tal afirmação - baseada em depoimentos de outros profissionais - estaria relacionada à dificuldade de conciliar a vida no trabalho com a vida pessoal. Convenhamos, o ritmo de trabalho, principalmente mental é desgastante. Ou, como você acha que o jornal chega nas bancas de domingo a domingo, inlcuindo feriados?

Fora que, jornalista é chato. Muito chato mesmo. Na primeira oportunidade trata logo de falar sobre...Jornalismo! Quem agüenta? Somemente nós mesmos. E é aí que entra a famosa frase - que todo profissional/estudante do ramo já escutou: "jornalista casa com jornalista". Claro, não é uma regra. É somente um comentariozinho "sem-graça" para dizer nas entrelinhas o quanto dividir a vida com um jornalista é insuportável para os reles mortais. Ok, vamos admitir: receber a ligação do seu editor no meio de uma, digamos, namoradinha é corta tesão total, como diz meu até então namorado.

Contudo, é o ramo de atuação de cada um que irá determinar o seu direcionamento profissional e a maneira em que este influenciará na vida pessoal. Mas, parabéns para todos aqueles que nos aturam.


"Vi vários capítulos de Belíssima. É um mundo edulcorado. A quantidade de pessoas bonitas em novelas é assustadora. Não corresponde à realidade".
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, em entrevista ao Jornal da Tarde - Veja, 20/09/2006



O Diabo Veste Prada - estréia mais que aguardada em 22/09 (sexta-feira).



Som do dia: Riff (Filhos da Judith)

17 de setembro de 2006

Hipnose

HIPNOSE


Fim de tarde de sábado. Namorado trabalhando, você sem ânimo pra balada, tentando esquecer do trabalho acumulado que você deixou para fazer justamente no fim de semana abafado e nublado do Rio de Janeiro. Eis que estás em frente à televisão, apertando o botão do controle, e passa pela E! Entertainment Television, o maior canal de cultura útil-fútil que você tem conhecimento, para saber dos babados da vida das celebridades internacionais. Pura imprensa marrom.

Mas aí você pára. Pára e ali permanece por um bom tempo, pois está passando mais um dos inúmeros top tops feitos pela emissora. E dessa vez, o ranking é dos bad-boys mais sexies do mundo do entretenimento. Mulher, você troca de canal? Claro que não. Tirando o meu colete feminista usual, afirmo que ainda não conheci uma mulher que não se sinta magnetizada por aquele ser que te olha como se dissesse "eu sou demais e eu sei que você também acha", e continua correndo desesperada atrás daquela criatura que insiste em falar o que quer e te tratar do jeito que bem entende, sem saber o porquê. É aí que entra a tal pergunta Tostines: "as mulheres correm atrás porque eles são cafajestes ou eles são cafajestes porque sabem que assim as mulheres correm atrás"?

Bom, quanto a isso não sei responder, apesar de estar ciente de minhas experiências afetivas passadas. Mas, fiquei ali, parada em frente à televisão, de boca aberta e rezando para que aquele ser, meu sex-symbol da fase pré-adulta estivesse no top 3. E ele apareceu gloriosamente em primeiro lugar. Será que eu preciso dizer quem é?


"Vocês (jornalistas) ficam brigando para ver quem rouba leitor de quem, mas não percebem que quando acabar o analfabetismo no Brasil vai faltar jornal para tanto leitor".
O candidato do PDT Cristovam Buarque - Globo Online, 28/08/06



Som do dia: Supermassive Black Hole (Muse)

10 de setembro de 2006

Shyamalan

SHYAMALAN


Tive que mudar todo o planejamento de assuntos a serem publicados, após assistir a nova produção do diretor M. Night Shyamalan.

Venho acompanhando as "grandes" produções do diretor, após ter visto o filme O Sexto Sentido, em que me senti profundamente intrigada da minha incapacidade intelectual de descobrir que o personagem de Bruce Willis era um fantasma durante todo o filme. Uma pessoa que me fez sentir completamente estúpida e burra merecia o meu respeito. Porém, vivi uma onda de decepções com os filmes posteriores de Shyamalan.

Depois de sair muito aborrecida de A Vila - produção de 2004 -, resolvi pensar sobre o que o diretor estava querendo dizer à humanidade com seus filmes. Compreendendo-o, pelo menos um pouco, resolvi dar oito reais e vinte e cinco centavos - preço de estudante - para assistir A Dama Na Água, estréia desse fim de semana. Como eu já sabia que seria desapontante, não fui com nenhuma expectativa. Só me restou rir ao final do filme, sob os comentários revoltados dos telespectadores que foram assistir basicamente a uma história de ninar infantil: uma ninfa que vem do Mundo Azul e precisa encontrar o seu receptáculo para que possa voltar ao seu mundo em paz, sem ser atacada por uma espécie de "lobo-cachorro", cuja denominação esqueci.

Desta vez, Shyamalan - que tem a mania de fazer pontas em seus filmes e ganhou um personagem maior neste - ficou novamente no "eu quis dizer algo com isso", que poucas pessoas descobrem o que é. Intrigou-me uma frase declarada constantemente na produção: "os seres humanos merecem ser salvos", além da presença de muitas cenas com noticiários sobre guerras, mortes e atrocidades humanas como segundo plano. Garanto que muita gente não prestou atenção nisso, tentando descobrir qual seria a grande sacada na história da ninfa - que diga-se de passagem é vivida pela atriz Bryce Dallas Howard, a mesma que fez a ceguinha do filme A Vila.

Posiciono-me como advogada de defesa do Shyamalan - que está mais bonito nesse filme, pelo menos - e aponto esta produção como mais uma que questiona o posicionamento do ser humano em relação à vida, em que os avanços tecnológicos na nossa sociedade tiraram a nossa inocência e a nossa capacidade de vivermos acreditando em coisas que achamos banais, atualmente, pelo excesso de informação que nos deixa entendidos demais dos assuntos mundanos.

Não vou dizer que gostei. Detestei! Mas, em entrevista com uma astróloga, esta me disse "as pessoas têm que aprender a focar o lado bom que existe em um acontecimento que julgamos ruim". Usar o cérebro nunca é demais.


"Somos todos crentes. Somos todos brasileiros".
O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso a pastores evangélicos, no Templo da Assembléia de Deus de Santa Cruz, Zona Oeste do RJ (08/09/06).


Som do dia: Confesso que errei (Rockz)