10 de setembro de 2006

Shyamalan

SHYAMALAN


Tive que mudar todo o planejamento de assuntos a serem publicados, após assistir a nova produção do diretor M. Night Shyamalan.

Venho acompanhando as "grandes" produções do diretor, após ter visto o filme O Sexto Sentido, em que me senti profundamente intrigada da minha incapacidade intelectual de descobrir que o personagem de Bruce Willis era um fantasma durante todo o filme. Uma pessoa que me fez sentir completamente estúpida e burra merecia o meu respeito. Porém, vivi uma onda de decepções com os filmes posteriores de Shyamalan.

Depois de sair muito aborrecida de A Vila - produção de 2004 -, resolvi pensar sobre o que o diretor estava querendo dizer à humanidade com seus filmes. Compreendendo-o, pelo menos um pouco, resolvi dar oito reais e vinte e cinco centavos - preço de estudante - para assistir A Dama Na Água, estréia desse fim de semana. Como eu já sabia que seria desapontante, não fui com nenhuma expectativa. Só me restou rir ao final do filme, sob os comentários revoltados dos telespectadores que foram assistir basicamente a uma história de ninar infantil: uma ninfa que vem do Mundo Azul e precisa encontrar o seu receptáculo para que possa voltar ao seu mundo em paz, sem ser atacada por uma espécie de "lobo-cachorro", cuja denominação esqueci.

Desta vez, Shyamalan - que tem a mania de fazer pontas em seus filmes e ganhou um personagem maior neste - ficou novamente no "eu quis dizer algo com isso", que poucas pessoas descobrem o que é. Intrigou-me uma frase declarada constantemente na produção: "os seres humanos merecem ser salvos", além da presença de muitas cenas com noticiários sobre guerras, mortes e atrocidades humanas como segundo plano. Garanto que muita gente não prestou atenção nisso, tentando descobrir qual seria a grande sacada na história da ninfa - que diga-se de passagem é vivida pela atriz Bryce Dallas Howard, a mesma que fez a ceguinha do filme A Vila.

Posiciono-me como advogada de defesa do Shyamalan - que está mais bonito nesse filme, pelo menos - e aponto esta produção como mais uma que questiona o posicionamento do ser humano em relação à vida, em que os avanços tecnológicos na nossa sociedade tiraram a nossa inocência e a nossa capacidade de vivermos acreditando em coisas que achamos banais, atualmente, pelo excesso de informação que nos deixa entendidos demais dos assuntos mundanos.

Não vou dizer que gostei. Detestei! Mas, em entrevista com uma astróloga, esta me disse "as pessoas têm que aprender a focar o lado bom que existe em um acontecimento que julgamos ruim". Usar o cérebro nunca é demais.


"Somos todos crentes. Somos todos brasileiros".
O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso a pastores evangélicos, no Templo da Assembléia de Deus de Santa Cruz, Zona Oeste do RJ (08/09/06).


Som do dia: Confesso que errei (Rockz)

6 comentários:

  1. Anônimo10:23 AM

    Realmente, meu amor este filme foi uma decepção. Q final foi aquele mil vezes Barbie e o Quebra-Nozes rsrsrsr. Gsotei mto da sua da sua palta, vc fez algumas observação bastates importantes mostra q prestou mta atenção n filme rsrsrs. Na minha opinão Shyamalan está perdendo o dom d fazer bons filmes. O q houve com o seu sexto sentido??????????? Bjos meu amor eu te amo mto mil bjinhos :)

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  2. Milena,

    Apesar de boas ou más criticas, eu nunca sigo-as!

    Obrigado pela tua sugestão cinéfila!

    Gostei da frase do seu Presidente como candidato!
    Vai ganhar?

    Boa semana!
    Bjks da Matilde

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  3. Anônimo8:32 AM

    Concordo plenamente: "usar o cérebro nunca é demais"!!!!
    Beijos e boa semana!

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  5. Pois é. Cada vez mais os filmes do Shyamalan estão na base do amor ou ódio. Gostei de "O Sexto Sentido"(apesar de não ter achado a obra-prima que muitos dizem que ele é). Também gostei de "Corpo Fechado", mas detestei "Sinais". "A Vila" e o novo "A Dama na Água", eu ainda não vi. Até acho que ele é um diretor interessante, mas está muito longe de ser o gênio que alguns apregoam.
    Perguntinha: esse novo também tem um final-mandrake?

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  6. Li alguma coisa na revista Veja, mas eu gostei bastante de A Vila, me deixou intrigada também, apesar de que nada é páreo para o sexto sentido. Enfim, ultimamente poucas coisas tem me levado ao cinema, mas se eu for ver este, venho aqui comentar. Beijos.

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