24 de dezembro de 2007

Brilho

Esse ano foi cheio de novidades. Tanta coisa acontecendo, nem tempo para falar sobre elas sobrou. Nem mesmo do lançamento de mais uma revista para a mulherada.

A proposta: se você é adulta demais para ler Capricho, ou nova demais para ler Cláudia, essa é a sua revista. A publicação mensal, que cirula nas bancas desde outubro desse ano, já caiu no gosto das "adultas iniciantes". Gloss, assim como toda publicação descoladinha (porque será), foi inaugurada com a Bündchen na capa.

Overdose de moda, comportamento, dicas de sexo, decoração, uma pitada de cultura, publicidade, publicidade e publicidade. Apesar de temas interessantes, como Second Life, perda de privacidade na internet, emprego e Cameron Diaz, as matérias são pequenas, breves, objetivas demais para cérebros em ebulição.

Mas, até que é um bom passatempo. Cabe na bolsa, não faz peso e as amigas adoram encontrar no seu quarto. Mas, ainda assim, a revista não é para mim. Ainda não posso dar cem reais em um sutiã de algodão e rendinha. Nem usar "franja assimétrica com fios desfiados ao redor da cabeça". Prefiro ler Cláudia e imaginar que daqui há uns 10 anos eu possa gastar mil reais em sapatos e ter encontrado uma solução para minhas madeixas. (!!!)

Aos poucos eu volto... Feliz Natal.

"Quem está indo no shopping, quem está indo em um lugar em que se vende muito, percebe que o povo pobre está comprando, o povo pobre está indo às compras".
Luiz Inácio Lula da Silva.


Som do dia: Tá Perdoado (Maria Rita)

31 de agosto de 2007

Drops

Estava lendo algumas coisas por aí e achei uma matéria interessante. Aproveitando o meu ócio criativo, segue abaixo um breve texto sobre a reportagem que a revista americana Haper's Bazaar fez com o ator Ashton Kutcher (maridão da poderosa e sortuda Demi Moore), sobre o papel do homem em um relacionamento. Exagero? Talvez, mas meu lado feminista a-do-rou.


O Globo Online - em 30/08/2007

Mulher é a estrela
Ashton Kutcher diz que homens devem ser 'meros acessórios'

A atriz Demi Moore, 44 anos, é mesmo uma mulher de sorte. Em uma matéria na edição americana da revista "Haper's Bazaar" de setembro, o maridão da atriz, o galã Ashton Kutcher, de 29 anos, dá dicas de como os homens devem aparecer ao lado de suas mulheres e dispara: "Nós somos meros acessórios". Para ele, a mulher tem que ser a estrela do casal: "quando se trata de se vestir, homens são um pouquinho mais importantes que bolsas de mão, mas menos importantes que sapatos".

"Seu homem não deve aparecer mais que você", aconselha o astro de "Efeito borboleta" - "Ele está lá para colocar você em destaque". No artigo, Kutcher expõe o ponto de vista masculino quando a questão é se vestir.

"Caras não gostam que digam que ele está bonitinho ou fofo", diz Kutcher, "Nós queremos nos sentir sujos, rudes, e, o mais importante, sentir que você se sente segura em nossa companhia. Então, quando seu namorado finalmente veste algo que você goste, diga a ele que está parecendo com James Bond ou Tony Montana". Ele completa: "Sinta-se livre para ser ainda mais vaga que isso: 'Uau, essa roupa deixa você parecido com aquele jogador de futebol gostosão!' Acredite em mim, diga qualquer coisa desse tipo e você não será capaz de fazê-lo tirar essa roupa do corpo".


Som do dia: Roda (Céu)

17 de julho de 2007

Sem Título

Aconteceram tantas coisas nesses dias em que tirei recesso do Devaneios, que nem sei sobre o que falar. Live Earth, PANdemônio, Shrek, produção de videoclipe, entrevistas e entrevistas... o mundo está girando rápido demais para o meu gosto.

Falando em gosto - ou melhor, desgosto - o que foi o Presidente do Brasil vaiado na abertura do PAN? Antes das chuvas de ovos e tomates, explico que não sou petista e muito menos estou defendendo o dito-cujo. Mas, que coisa feia, hein? Cheio de internacionais e fazemos questão de explanar que vivemos em um sistema de m***.

Já afirmam por aí que foi coisa da "quadrilha" do César Maia, com ciúmes do Federal ter se metido nos jogos Pan-Americanos, exclusivérrimo do Rio de Janeiro - que, diga-se de passagem, não tem nem dinheiro suficiente para bancar o evento.

O mais curioso é que a massa apoiou o acontecimento. Mas, ainda não entendo porque brasileiro insiste em falar mal de política sentado no sofá de casa, bebendo Skol. Por que não segue o exemplo dos nossos hermanos e vai fazer panelaço? Ou vai ser necessário confiscar a conta bancária novamente? *


"É exaustivo ser fabulosa".
A Spice Girl Victoria Beckham.


Vamos de clipe:

A cantora Cibelle, brazuca radicada em Londres, fez essa versão super "chá-com-biscoitos" da música "London, London", de Caetano Veloso. Junto com ela, o cantor Devendra Banhart. Tá, pode ser cult demais, mas eu acho fofo.

18 de maio de 2007

Inglaterra News

Mais um clichezinho musical. Foi o que pensei quando seu nome começou a ser espalhado aos sete ventos. A classificação "todo mundo já ouviu falar" me remeteu à idéia de mais uma queridinha do mainstream. Mas, eu não podia ficar imune a esse furacão black, com vozes de trovão e atitude de mulherzinha retrô-contemporânea. Acabei me apaixonando por essa representante do bom e velho jazz/soul (impossível não lembrar de Aretha Franklin), que aumentou ainda mais o meu orgulho dessas raízes negras que me acompanham.

A inglesa Amy Winehouse, vencedora do Brit Awards 2007 como Melhor Artista Solo Feminina, alcança o lugar ao sol com o seu mais recente trabalho, o CD "Back to Black" e, em território brasileiro, segue estourada com o hit "Rehab". Resolvi terminar meu caso com a Joss Stone. *


Amy Winehouse, ao-vivo no Brit Awards 2007 com "Rehab".



"Comecei a proteger minha pilha de lixo tanto quanto protejo minha bolsa Hermés".
A modelo Naomi Campbell, que como pagamento de sentença judicial varreu ruas durante uma semana.



Som do dia: Winter (Bebel Gilberto)

9 de maio de 2007

Novos Ares

"Não acredito que você me trouxe pra uma matinê", foi o que eu disse quando cheguei no América Football Clube, naquele fim de tarde de domingo. Ela me levou pra ver o show da banda de uns conhecidos virtuais dela e não acreditei quando percebi que eu ia ser tiazona na "balada".

Resolvi me despir do preconceito e prestar atenção no som que iria rolar nas próximas horas, até porque meus ouvidos estão sempre abertos para novas "obras" do cenário digamos independente. Era um show de rock, ou pop-rock, ou hardcore- whatever -, desses que agora caíram na graça dos adolescentes. Dentre os artistas, Planar, Stronda, Catchside e o mais aguardado - pela minha irmã pelo menos - o MF Banda. Ninfetinhas de cabelo escovado, entre salto e all star surrado e meninos com seus tênis gigantes e cabelões armados compuseram o cenário. Com direito a rodinha punk, claro.

Os shows foram abertos pela rapper Refém, minha conhecida de campus universitário. Na seqüência, assisti ao rock acelerado com letras sentimentais do Planar e sim, gostei. Gostei mais ainda quando fizeram um pout-pourri dos clássicos que eu ouvia quando tinha a idade daquele público - e aí me senti feliz em ser tia.

Confesso que comecei a ficar cansada e agradeci quando a aguardada banda foi a terceira atração. O som gritado e nervoso da MF Banda me agradou. A energia em cima do palco, o entrosamento nos instrumentos e o dos componentes mostrou uma banda bem ensaiada e aparentemente experiente. Compensou a ida? Posso dizer que sim.

Não lembrava mais o que era um lugar sem bebidas alcoólicas e nem sabia que "Everything is Everything" da Lauryn Hill ainda tocava em balada. Mas, gostei de voltar aos velhos tempos, pena que sem Staind, silverchair ou Nirvana. *

"Nunca se case com um homem de quem não gostaria de se divorciar".
(Nora Ephron, jornalista e roteirista, autora do livro Meu Pescoço É Um Horror)



Som do dia: Quando Tudo Acabar (Som da Rua)

10 de março de 2007

Êle

Passou um gel no cabelo e indeciso analisou o armário. A escolha da calça jeans escura e a blusa de linho listrada com manga comprida no calor tinha uma razão especial. Tirou o carro da garagem - um gol prata - e rumou para o shopping mais próximo.

Naquele banco de madeira, na movimentada praça de alimentação, pediu o primeiro chopp. Diga-se de passagem, stands de mini-bar em shopping soam um tanto quanto alcoólatras. Não se importou com conforto e discrição. Tampouco pensou em um ambiente mais intimista. Qualquer lugar seria o lugar.

Sua perna balançava ansiosamente, como em uma tentativa frustrada de cavar o chão. Virava o pulso para controlar a hora em seu relógio prateado e manteve um olhar tenso, procurando apoio nas pilastras, paredes, no teto. Procurando apoio em mim.

Mais um, dois chopps. Abria e fechava o celular preto, digitando as teclas sem retorno. Ninguém a responder no túnel. Voltou a acenar para o garçom.

Eu e ele perdemos as contas dos copos. Diante dos olhos, um vazio; o celular de nada adiantou e no relógio, apenas números. Estava ele, com ele mesmo e nem do próprio ele se lembrava. Pediu a conta, levantou-se e enfim a encontrou. Ela nem mesmo lhe sorriu, estendeu a mão e disse: "prazer, meu nome é solidão".


"Toda mulher com personalidade forte costuma saber se vestir".
Nandini D'Souza, editora de moda das revistas americanas W e Women's Wear



Som do dia: New Slang (The Shins)

23 de fevereiro de 2007

Rainha do Carnaval

RAINHA DO CARNAVAL


Passar a época confetes-e-serpentina no Rio de Janeiro não é lá um programa de índio. Muitas são as opções de diversão, incluindo as alternativas off-carnaval, um pouco longe dos blocos em massa e confusões gratuitas. Para mim, uma oportunidade única de aproveitar o cinema sete reais mais barato e ver quem é essa senhora que está ameaçando tirar a estatueta da queridinha Meryl Streep - absurdamente maravilhosa em O Diabo Veste Prada e em todos os outros.

O resultado foi um queixo caído ao acender das luzes. Em A Rainha - dirigido por Stephen Frears -, a atriz Helen Mirren, de 61 anos, conseguiu absorver de forma surreal toda a frieza, a ironia e a postura blasé britânica da figura da rainha Elizabeth II. Através da retratação do ocorrido nos bastidores da família real com a morte da Princesa Diana, Mirren transforma um filme aparentemente cansativo em um show de interpretação, prendendo nossos olhares ao da rainha durante os 97 minutos que sucedem o trailler. As passagens com matérias televisivas a respeito de Diana ajudam a explicitar o contraste da reação da população mundial com a reclusão da aristocracia inglesa, confusa na tentativa de mostrar-se indiferente ao acontecimento.

Além de Mirren, a atuação de Michael Sheen no papel de Tony Blair também é digna de ser citada. A presença de Blair no enredo mostra a necessidade da atitude diplomática vinda de um primeiro ministro recém-empossado, tentando equilibrar a tradição monárquica com seus planos governamentais. Seu personagem contribuiu para reforçar ainda mais a idéia da figura decorativa da rainha, porém ainda forte e respeitada.

O Oscar será no próximo domingo e dentre meus favoritos, A Rainha literalmente está presente. Me desculpe Meryl, mas não conseguir mais lembrar do rosto verdadeiro de Elizabeth II sem dúvida merece uma estatueta. *


"O U2 nunca foi bobo nos negócios. Não ficamos o dia inteiro sentados pensando na paz mundial".
Bono Vox, líder da banda irlandesa, cujos integrantes possuem investimento em quinze empresas.



Som do dia: King Of The Free Ride (Kid Abelha e Donavan Frankenreiter)

13 de fevereiro de 2007

Playboy Slim

PLAYBOY SLIM

Saltos, maquiagem, brincos reluzentes pendurados e muita chapinha. Um cenário típico de uma concorrida boate da Zona Sul se não fossem pela grama, pelo concreto e pelos banheiros químicos espalhados ao ar livre.

O visual crossover esteve presente nos cantões do RioCentro, onde locais e estrangeiros - muitos diga-se de passagem - se reuniram na última noite de sábado para assistir ao evento de música eletrônica, que teve como atração principal Norman Cook, o famoso dj inglês conhecido como Fatboy Slim. Figurinha repetida no Brasil, que levou 150 mil pessoas ao Aterro do Flamengo no Nokia Trends em 2004, o declarado amante do país foi o ponto principal da festa, que contou com o set de outros quatro djs brazucas.

Apesar de iniciada com o dj de house Márcio Careca e o internacional Patife mandando seu drum'n'bass, o gramado foi literalmente assassinado quando os vídeos luminosamente divertidos e o som mistureba de Norman Cook tomaram conta do palco. Hits como Praise You e Funk Soul Brother (the Rockafeller Skank) estremeceram o lugar, com uma euforia desconcertante que só aumentou ainda mais o aquecimento global.

Porém, a noite pós-Fatboy Slim, iniciada pelo dj de trance Roger Lyra, trouxe de volta o sentimento de "lar-doce-lar", fora do clima balada-Zona Sul. Fechando a festa em grande estilo, o queridinho - e gatíssimo - dj Gabe do projeto de trance Wrecked Machines brindou o amanhecer de domingo, e a essa hora as sandálias de salto já não resistiam mais. Glamour demais para quem pretendia ficar das dez às sete da manhã mexendo o esqueleto, não é, meninas? Dessa vez não tinham pufes e almofadinhas. *


Som do dia: Here With Me (Static X)

4 de fevereiro de 2007

Pré-Serpentina

PRÉ-SERPENTINA


Avenida das Américas, Barra da Tijuca, sexta-feira. Parado no sinal, o motorista de um carro de luxo preto batuca sorridente e freneticamente o seu tamborim. Não tem como esquecer. Na testa dos cariocas está explicitamente escrito: carnaval. Os ensaios de escolas de samba, a quantidade incontável de blocos e o aumento considerável da diversidade lingüística no Rio reforçam a imagem de confetes e serpentinas caindo do céu ora azul, ora completamente nublado da cidade.

Entre toda essa parafernália anual e de costume, chamou-me a atenção algo até então desconhecido. Com a concentração no Mercadinho São José, em Laranjeiras, o Bloco Imprensa Que Eu Gamo reúne há 12 anos jornalistas - e outros mortais - para se esbaldarem e cantarem sobre assuntos do cotidiano e relacionados ao Jornalismo. Com um público maior a cada ano, a linha editorial do bloco impõe que pelo menos um profissional do ramo deve participar da ala dos compositores dos sambas e a rainha de bateria deve ser igualmente jornalista. São previsíveis conversas sobre o trabalho e o quente da notícia, cervejinha na mão, olheiras, gastrite, mas claro, aquele peito estufado e um sorriso escrachado de orgulho: "eu sou imprensa".

Além do cansaço, minha personalidade anti-social estava no comando no sábado e sabendo que iria encontrar rostos conhecidos - alguns deles indesejáveis -, desisti do programa pré-carnavalesco. Mas, será que o Ronald Villardo apareceu por lá? E aquele meu ex-professor gatinho? Ok, falta de iniciativa jornalística, menos 5 pontos. *

"Me empreste seus olhos azuis para passear".
Do deputado federal Clodovil Hernandez ao repórter Rodrigo Lêdo, do Portal Ig.



Som do dia: Tell Me 'Bout It (Joss Stone)

24 de janeiro de 2007

Vidinha Pop

VIDINHA POP


Os fãs da série ex-queridinha do momento já podem comprar seus lencinhos de papel. Fracassado principalmente pela morte da personagem Marissa - vivida por Mischa Barton -, The O.C. está previsto para exibir seu último espisódio na TV americana no final de fevereiro. Junto com o seriado, vai-se uma das trilhas sonoras mais cools da TV e figurinos très estilosos.

Porém, a vida fútil não está com seus dias contados. A MTV - em clima de verão - anda exibindo por aqui a série americana 8th & Ocean. O "reality show" retrata o dia-a-dia de um grupo de jovens modelos - homens e mulheres - da agência Irene Marie, em Miami. Entre castings, desfiles, brigas e pegações - aliados a um cenário maravilhoso - a série mostra o mundo altamente competitivo dos que se envolvem com a moda.

Já é possível ouvir um burburinho crescente a respeito do programa, principalmente entre antigos fãs de The O.C. e coisas do gênero. Uma boa pedida para aqueles que possuem uma tendência forte para absorção de conhecimento "fútil". Eu não perco mais nenhum episódio. *



"As minhas obras não desabam".
Paulo Maluf, deputado federal eleito(PP-SP), a respeito do desastre das obras do metrô em São Paulo.



Som do dia: Beautiful Love (The Afters)

15 de janeiro de 2007

Beliscando

BELISCANDO


Não existe mais aquele dilema usual na hora de escolher aonde encontrar os amigos para um pit-stop gastronômico, acompanhado do choppinho básico carioca. Na cidade onde o que é moda pega - nem que seja por cinco minutos -, já está na ponta da língua o lugar ideal para bater um papo e comer à vontade: um rodízio de petiscos.

Chegou como um vírus. A famosa "socialzinha" adotou o lugar como alternativa quase obrigatória, onde o novo hype é dizer "sim, eu já fui". Antes tendo como ponto principal e basicamente único o bairro de Copacabana, a opção de programa culinário do gênero já pode ser encontrado espalhado em outros bairros da cidade. Ovo de codorna, bolinho de bacalhau, pastéis e salgadinhos - entre outras variadas opções - se revezam na mesa dos clientes e lotam os estabelecimentos na orla e ruas do Rio.

Apesar de ainda não ter ido, não descarto a possibilidade e confesso grande curiosidade. Convites não faltam, afinal de contas, carioca que é carioca não dispensa um "todo mundo faz" de vez em quando.


"Não há petróleo em lugar calmo no mundo"
José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobrás




Som do dia: Bright Idea (Orson)

9 de janeiro de 2007

Tranceando

TRANCEANDO


O ano de 2007 entrou com o pé direito na música eletrônica. Além da festa de ano-novo, no último domingo os cariocas foram presenteados com mais uma atração internacional do gênero de não deixar os corpos parados. O dj holandês de trance, Dj Tiësto apresentou seu set na descolada praia de Ipanema, que teve suas areias tomadas por um público curioso e enlouquecido.

O telão atrás do palco foi o grande diferencial. Imagens coloridas e aleatórias combinavam sincronizadamente com o som que vem ganhando mais adeptos a cada dia. Os cariocas, acostumados com o tecno e a house music dos lugares "modinha" da noite, estão aprendendo a explorar novas vertentes do "bate-estaca" - denominação de gente out, diga-se de passagem.

Pelo jeito está sendo lucrativo e interessante tremer a terra do Cristo Redentor e do Pão de Açúcar, o que pôde ser verificado em 2006 com tantos eventos de música eletrônica pela cidade. Apesar do novo governador querer banir as raves do Estado, parece que os carioquinhas estão cada vez mais chegados em um tum-dum. Dois mil e sete eletrônico? Aguarda-se.


"O presidente adora plagiar os outros. Seu primeiro mandato, por exemplo, foi um plágio do governo FHC".
Roberto Jefferson, presidente do PTB



Som do dia: Walnut Tree (Keane)

1 de janeiro de 2007

Psy-2007

PSY-2007

O destino: praia de Ipanema, concentração da maior parte da população que decicidiu dar adeus a 2006 na orla carioca. O fenômeno: show do Black Eyed Peas. Contudo, minha caminhada debaixo da chuva tinha outro propósito: ver o Infected Mushroom.

Nome reconhecido no cenário da música eletrônica, a dupla foi a salvação daquela noite enlameada, desorganizada, suprindo necessidades fisiológicas entre os carros, arranhões, mal-educados e pessoas perdidas - o que era previsível. Depois de um esforço para conseguir chegar a tempo no set da Flow e do Zeo, assisti aos israelitas Erez Aizen e Amit Duvdevani fazeram as areias de Ipanema se espalharem, com seu trance psicodelicamente mágico.

Ali, no Posto 9, o resto da cidade era um mundo diferente, em outra sintonia. E 2007 começou assim, com a famosa "I Wish" debaixo de chuva, lavando as lembranças ruins de 2006 e mostrando que sim, Brasil, we're playing the game.

Do outro lado, a Fergie gritava, o caos era total. Mas, a satisfação da experiência anterior me fez indiferente.

Obs: Só uma palhinha de como comecei 2006. E essa vibração se repetiu em 2007, dessa vez com Infected no line up.




Qual a diferença entre uma estrela pop e um terrorista? Você pode negociar com um terrorista".
A cantora americana Madonna.



Som do dia: O Rock Acabou (Moptop)