9 de maio de 2007

Novos Ares

"Não acredito que você me trouxe pra uma matinê", foi o que eu disse quando cheguei no América Football Clube, naquele fim de tarde de domingo. Ela me levou pra ver o show da banda de uns conhecidos virtuais dela e não acreditei quando percebi que eu ia ser tiazona na "balada".

Resolvi me despir do preconceito e prestar atenção no som que iria rolar nas próximas horas, até porque meus ouvidos estão sempre abertos para novas "obras" do cenário digamos independente. Era um show de rock, ou pop-rock, ou hardcore- whatever -, desses que agora caíram na graça dos adolescentes. Dentre os artistas, Planar, Stronda, Catchside e o mais aguardado - pela minha irmã pelo menos - o MF Banda. Ninfetinhas de cabelo escovado, entre salto e all star surrado e meninos com seus tênis gigantes e cabelões armados compuseram o cenário. Com direito a rodinha punk, claro.

Os shows foram abertos pela rapper Refém, minha conhecida de campus universitário. Na seqüência, assisti ao rock acelerado com letras sentimentais do Planar e sim, gostei. Gostei mais ainda quando fizeram um pout-pourri dos clássicos que eu ouvia quando tinha a idade daquele público - e aí me senti feliz em ser tia.

Confesso que comecei a ficar cansada e agradeci quando a aguardada banda foi a terceira atração. O som gritado e nervoso da MF Banda me agradou. A energia em cima do palco, o entrosamento nos instrumentos e o dos componentes mostrou uma banda bem ensaiada e aparentemente experiente. Compensou a ida? Posso dizer que sim.

Não lembrava mais o que era um lugar sem bebidas alcoólicas e nem sabia que "Everything is Everything" da Lauryn Hill ainda tocava em balada. Mas, gostei de voltar aos velhos tempos, pena que sem Staind, silverchair ou Nirvana. *

"Nunca se case com um homem de quem não gostaria de se divorciar".
(Nora Ephron, jornalista e roteirista, autora do livro Meu Pescoço É Um Horror)



Som do dia: Quando Tudo Acabar (Som da Rua)

3 comentários:

  1. Anônimo8:43 AM

    eu acho legal quando acontece de uma baladinha vagabunda, daquelas que você nem se empolga muito, acaba surpreendendo.
    tem um gostinho de novidade, sabe?
    e, nesse caso, até de nostalgia mesmo :*

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  2. Você tem sorte, Milena. Minha irmã mais nova é chegada num funk/axé da melhor qualidade.

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  3. Vira e mexe eu vou nessas baladinhas de bandas desconhecidas. É divertido.

    E no mais, acaba mesmo surpreendendo.

    É bom inovar. Desde que, claro, se volte pro turbulento mundo nosso das super bandas que conhecemos. rs

    bjs

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