11 de julho de 2006

Mais Uma Página

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Com a constante absorção de informações sobre "sociedade do espetáculo" e "meios de comunicação de massa" a que são submetidos os estudantes de comunicação, passei a ter aversão a novelas, pelo fato de estas sempre serem debatidas como forma de influência e alienação da sociedade, além de propor um mundo utópico veiculado pela mídia, o que não deixa de ser um tanto quanto verdadeiro.

Contudo, mais uma novela global estreou e dessa vez do escritor Manoel Carlos. Como adquiri o costume de assistir integralmente somente o primeiro e último capítulos das novelas, não pude perder a "inauguração". No estilo "Manoel Carlos", uma novela em que, como disse um amigo, "não existe Rio de Janeiro após o túnel Rebouças". Em "Páginas da Vida" a vida dos personagens se passa em algum bairro da Zona Sul, apresentando ambientes familiares, mulheres frustradas com seus casamentos e moradores esbanjando poder aquisitivo, tudo isso embalado pelo clima "Bossa Nova".

Não gostei de ter visto um negro fazendo papel de bandido - e a mídia insiste nisso -, além de ter sido chutado pela personagem de Lília Cabral. Como também não gosto de histórias de amor a primeira vista, que se complicam e nas quais os personagens esperam o final da novela para serem felizes (falta de romantismo, eu sei). Muito menos de mulheres sofredoras, entupindo-se de anti-depressivos por serem "chifradas" pelos respectivos maridos. Mas, como sempre, terá uma polêmica a ser discutida, na qual entrará o caráter falso-moralista da TV Globo. Pelo menos atribui um pouco de realidade às produções novelescas. Aguardemos...

"Acredito que nós mulheres aceitamos e às vezes até gostamos de defeitinhos nos homens".
Fernanda Lima, atriz e modelo.


Som do dia: Longe Demais (Vanessa Da Mata)

8 comentários:

  1. Eu por acaso tb estou farto de novelas!

    È Portuguesas!
    È Brasileiras!
    A toda hora!
    Ufa! Que seca!

    Bjks da Matilde

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  2. Anônimo9:34 AM

    Concordo com você em número, gênero e etnia Milena...Eu ainda não assisti essa nova novela, mas já imagino tudo, o Maneco não muda nem o nome de suas heroínas, é uma falta de criatividade total.

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  3. Criou-se o mito de que as novelas da Globo são boas, de que tem qualidade. Elas podem ser muito bem produzidas, muito bem acabadas, mas, em sua essência, são ocas. Globo e você, nada a ver.

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  4. É, até o faxineiro morando no Leblon foi forçado né? Alguém me disse outro dia que o bacana do Manoel Carlos é que ele retrata o cotidiano. Certamente o meu é que não é. Ou ele teria que incluir cenas de perseguição ao busão, rs...

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  5. Anônimo4:23 PM

    É por essas e outras que eu não mais vejo novelas globais...

    ¬¬

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  6. Anônimo6:33 PM

    Realmente esse falso-moralismo é patético!

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  7. Kd tu amiga que não atualiza? De ferias? rs Beijussssssssssssss

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  8. Anônimo4:50 PM

    Concordo com você, Milena...as novelas dele são bem clichês...até os nomes...não costumo ver novelas, mas as deles são um fenômeno a parte. Não existe vida além do rebouças...Nova Iguaçu, Belford Roxo? Não! Os empregados moram em Copacabana...e os patrões no Leblon. Desigualdade social? Que isso...isso nem existe no Rio!
    Pelo menos no Rio idealizado do Maneco.
    Bjo!

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