30 de março de 2008

Mulherzinha


Feche os olhos, respire fundo, você está de pé em um conversível, sinta o vento batendo em seu rosto, olhe que ar puro, o suficiente para você respirar.

Sempre achei uma palhaçada essa lei de vagão exclusivo para as mulheres. Sexo frágil é a mãe! Além disso, assim como um bando de homens te encostando, um bando de mulheres te encostando não deixa de ser contato físico em demasia, o que me dá certo embrulho no estômago. Até que passei a utilizar o metrô diariamente. Via o vagão com a tarja rosa passando vazio, com mulheres lendo seus livros tranqüilamente, fresquinhas em um local refrigerado. Resolvi então fazer uso do recurso, quando desprovida de alguma companhia masculina.

Sofri uma baita de uma desilusão. Que horror que é esse vagão da tarja rosa. É muita mulher no universo! Desisti de ler meus livros e nem mesmo o som alto do mp3 abafa todas aquelas vozes afeminadas falando de homens, tragédias, fofocas, cabelos. Me sinto o Mel Gibson no filme "Do que as mulheres gostam". Voltei a ter princípios de claustrofobia. Vou meditando até chegar naquela estação em que parece que abriram as portas de uma loja em liquidação. Saio então do meu transe. Cadê os vagões para leitores, claustrofóbicos, pessoas de TPM ou coisas do tipo?

Só um desabafo.*

"Quem foi o grande pacificador do conflito entre Colômbia e Equador? Foi o Chávez. Por isso, ao ex-guerrilheiro, hoje pacificador, meus parabéns."
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Som do dia: 4 minutes to save the world (Madonna ft. Justin Timberlake & Timbaland)

Um comentário:

  1. Concordo com você. Contato físico em demasia só nas horas apropriadas...

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