23 de outubro de 2006

É Proibido Proibir

É PROIBIDO PROIBIR


A música brasileira a cada dia que passa mostra-se mais peculiar. Como amante incondicional da arte musical, mantenho meus ouvidos e meu coração sempre abertos a novas experiências. Friso que abrir-se a novas "culturas" não significa admirá-las.

Nesse fim de semana, fui apresentada a um senhor, que anda fazendo inúmeros shows pelo Rio de Janeiro, conhecido pelo nome de Mr. Catra. Meu conhecimento sobre o artista era mínimo, até porque ele não faz parte do estilo musical apreciado pela que vos escreve. O cantor de funk foi uma das coisas mais baixas e ridículas que já passaram pelo meu ouvido, e admirou-me a sua versão para Tarde Em Itapoã (Toquinho/Vinícius de Moraes).

O impressionante é que tal artista - que tem suas produções classificadas no gênero chamado de funk proibidão (mas é óbvio) - está tocando em tudo o que é lugar na noite carioca. Ele virou hype! Catra, que segue uma linha "literária" específica em suas músicas - diga-se predominantemente sexual - é o retrato de uma mídia injusta em que, basta falar qualquer porcaria e colocar uma batida no fundo para fazer sucesso.

Confesso uma crise de riso incontrolável ao escutar certas "composições". Mas, é rir para não chorar. Gostaria que as bandas que eu gosto fizessem tanto sucesso quanto ele...


"Se se cometeu um crime eleitoral, eu e qualquer outro cidadão comum deste país temos que pagar pelo crime que cometemos".
Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à Folha de S. Paulo



Som do dia: Scratch Your Name (The Noisettes)

8 comentários:

  1. Gostei do comentário do teu LULA!

    Uma boa semana para ti, Milena!
    Bjks da matilde

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  2. Anônimo8:55 AM

    Menina eu adoro essa frase "é proibido probir"...boa semana!!!

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  3. Nâo se incomode. Do jeito que a coisa anda daqui a pouco esses caras entram pra academia brasileira de letras. O Paul Rabbit não entrou?

    E obrigado pela força!

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  4. É por isso que deixo minha guitarrinha pegando poeira em cima do armário...

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  5. Incrível como essas coisas vendem né? No ano passado eu não entendia como alguém podia ouvir "se ela dança eu danço" mais de uma vez. Tá, dos males o menor, essa letra pelo menos é mais comportada do que essas do tal funk proibidão. Mas é incrível mesmo como num país com tanto artista e compositor bom a maioria fique preso num estilo só.

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  6. Anônimo10:14 AM

    É realmente difícil de acreditar como certos artistas são tão populares cantando coisas que não dizem nada.
    E quem diz alguma coisa, a maioria adolescente de agora não sabe nem sequer que existe...
    Bjos!

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  7. Anônimo2:01 PM

    Odeio Funk! Isso só poderia proliferar num país em que a educação não é considerada prioridade. bjs

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  8. Anônimo3:34 PM

    Imagine vc ser torturada por umas duas horas de viagem com esse tipo de som...pois é, eu fui!

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